Consumo de uvas poderá reduzir o risco de fígado gordo não-alcoólico

29/09/22
Consumo de uvas poderá reduzir o risco de fígado gordo não-alcoólico

Um estudo recente, conduzido pelo Dr. Asim Dave e outros investigadores norte-americanos, publicado no Jornal Foods, indica que o consumo de uvas poderá estender a esperança de vida em cinco anos, além de reduzir o risco de fígado gordo não-alcoólico, conforme ficou demonstrado neste trabalho que avaliou ratinhos submetidos a dietas hipercalóricas à base de gorduras.

No estudo “Consumption of Grapes Modulates Gene Expression, Reduces Non-Alcoholic Fatty Liver Disease, and Extends Longevity in Female C57BL/6J Mice Provided with a High-Fat Western-Pattern Diet”, publicado recentemente no Jornal Foods, os investigadores avaliaram o efeito do consumo de uvas na mitigação das consequências adversas para a saúde, que são induzidas por um padrão de dieta ocidental rica em gorduras.

Uma dieta rica em gorduras saturadas, hidratos de carbono refinado e com maior teor de sal aumenta o risco de obesidade, de doenças cardiovasculares e de doenças metabólicas, designadamente a diabetes e o fígado gordo não-alcoólico. Este tipo de dieta em ratinhos demonstrou estar associada a uma redução de 34 % da esperança de vida.

O trabalho demonstra que, comparativamente ao grupo de ratinhos submetidos a dietas hipercalóricas à base de gorduras, com e sem suplementação com uvas, o consumo de uvas reduz a acumulação de lípidos no fígado, que é responsável pelo fígado gordo não-alcoólico. Os investigadores mostram, neste estudo, que o consumo de uvas ajudou a reduzir o risco de fígado gordo não-alcoólico induzido pela dieta, assim como aumentou a longevidade dos ratinhos.

No artigo publicado no Jornal Foods, os autores referem que estes dados ilustram “a extraordinária influência da nutrigenómica”, um campo em crescente investigação que permitirá aumentar o conhecimento sobre o impacto da dieta na saúde.

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