“Acesso aos Cuidados de Saúde na Enxaqueca e Cefaleias”: desafios e oportunidades

14/09/22
“Acesso aos Cuidados de Saúde na Enxaqueca e Cefaleias”: desafios e oportunidades

Diversos especialistas reuniram-se no Auditório da Associação Nacional de Farmácias, em Lisboa, para verem apresentados e debatidos os resultados de um estudo desenvolvido pela Associação Portuguesa de Doentes com Enxaqueca e Cefaleias (MIGRA), na Conferência “Acesso aos Cuidados de Saúde na Enxaqueca e Cefaleias”. A News Farma marcou também presença e entrevistou a Dr.ª Madalena Plácido, presidente da MIGRA Portugal, a Dr.ª Isabel Luzeiro, presidente da Sociedade Portuguesa de Neurologia, e a Prof.ª Doutora Raquel Gil-Gouveia, presidente da Sociedade Portuguesa de Cefaleias.

Mais de um milhão e meio de portugueses sofre de enxaqueca. De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), é a segunda doença mais incapacitante em termos de anos vividos com incapacidade, caracterizada como uma patologia não apenas prevalente como também subvalorizada, subdignosticada e subtratada.

Nesta ótica, a Prof.ª Doutora Raquel Gil-Gouveia, presidente da Sociedade Portuguesa de Cefaleias, começa por referir que se trata de um “estudo muito importante”, contribuindo para um panorama nacional e internacional.

De acordo com o estudo, 40 % dos doentes não têm qualquer acompanhamento médico para estas patologias por motivos de “conformismo ou por o doente ter tido uma má resposta ou experiência no passado”, indica a especialista, o que, em contrapartida, aqueles que recorrem aos cuidados de saúde o processo de tratamento é demorado.

Já na opinião da Dr.ª Isabel Luzeiro, presidente da Sociedade Portuguesa de Neurologia, este estudo veio confirmar o que os especialistas suponham que acontecia, elogiando o interesse e relevância dos dados recolhidos. 

Para a Dr.ª Madalena Plácido, os números apresentados reforçam a necessidade urgente "de resolver o acessos aos serviços de saúde", uma vez que "é uma das doenças mais incapacitantes na população abaixo dos 50 anos". "Temos de oferecer aos doentes com enxaqueca e cefaleia o mesmo que o sistema disponibiliza aos outros doentes", conclui. 

 

Partilhar

Publicações