“A nossa luta é agrupar os hepatologistas para conseguirem trabalhar em conjunto”

11/04/22
“A nossa luta é agrupar os hepatologistas para conseguirem trabalhar em conjunto”

A Ordem dos Médicos (OM) criou recentemente a subespecialidade de doenças do fígado. O presidente da comissão instaladora, Prof. Doutor Armando Carvalho, do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, partilhou com a News Farma o que representa esta criação e o caminho traçado para a subespecialidade em Portugal. Veja a entrevista na íntegra.

“O mais importante para mim é que isto significa para um grupo de internistas a possibilidade de um reconhecimento formal de competências que já exerciam no dia a dia, e uma via aberta para que novos internistas com interesse pelas doenças do fígado possam ver a sua aptidão reconhecida no futuro”, expressa o Prof. Doutor Armando Carvalho.

Contextualiza que esta subespecialidade da Medicina Interna teria sido pedida em 2005, depois de, em 2004, a Gastrenterologia ter criado a de Hepatologia, e, segundo o regulamento da OM, as subespecialidades serem restritas aos membros do Colégio que as cria. Neste sentido, foi pedida à OM uma subespecialidade idêntica para internistas, mas mesmo dentro do Colégio de Medicina Interna existiu alguma oposição, visto que alguns membros receavam uma segmentação da especialidade, algo que o Prof. Doutor Armando Carvalho e os pares não concordavam. Após uma luta de mais de 20 anos, a OM cria a subespecialidade de doenças do fígado, que permite a todos os internistas verem a sua competência nesta área certificada.

Segundo o especialista do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, as funções da comissão instaladora passaram por criar os critérios para admissão por consenso, e quando este processo de candidatura estiver concluído e o núcleo formado, a comissão deixará de fazer sentido, dando lugar a um Colégio da própria subespecialidade, que delineará o futuro. Para o Prof. Doutor Armando Carvalho, o caminho passa pela construção de um plano de formação que entusiasme os jovens internistas, e que o trabalho passasse pela união de todos os clínicos que trabalham as patologias hepatológicas em prol da qualidade dos cuidados ao doente.

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